O Mandamento:
"Porque
Deus ordenou: Honra o teu pai e a tua mãe; e, quem maldisser seu pai ou
sua mãe certamente morrerá. Mas vocês dizem: Se um homem disser a seu
pai ou a sua mãe: O que aproveitam de mim é corbã, isto é, oferta ao
Senhor, não mais permitindo fazer coisa alguma por seu pai ou sua mãe,
invalidam assim a Palavra de Deus. E assim, por causa da tradição,
anulam a Palavra de Deus pela tradição que transmitem; também muitas
outras coisas fazem." Marcos 7: 10-13.
Não deixa de ser uma mensagem dura, uma palavra complicada e
pouco usada. Mas o seu contexto é muito sério e vale a pena uma
meditação. Principalmente nas comemorações aos pais. Fica como alerta.
O
Corbã (oferenda para Deus) e o “corbã.” Este último pode ser
considerado como enrolação, ou enganação. No contexto atual e do nosso
país, " jeitinho brasileiro".
A
história do Corbã era assim: Corbã era uma oferta para o Senhor que era
deixada no Templo. Em princípio, nada errado como uma oferta para Deus.
O problema é que existia corbã e “corbã. ” O corbã era uma oferta de
dedicação, mas a outra... não deixava de ser uma colaboração impura e
vigarista.
O “corbã” funcionava assim: Se, por exemplo, eu não quisesse ajudar
meus pais carentes de recursos, era só separar uma quantia ofertar com a
palavra “corbã” e entregá-la aos sacerdotes. Como esse “corbã” era
relacionado aos pais, depois de mortos, poderia ser devolvida ou
mesmo tomá-lo de volta (deixava uma “ofertinha de agradecimento”). Isto
deixaria Deus numa situação, no mínimo, ambígua. Não se honrava o pai e
nem a mãe como manda a Lei, por outro lado, se fazia uma oferta para
Ele, Deus. Ou seja, melhor explicado: não se honrava aos pais, e, muito
menos, se adorava a Deus. E, assim, Ele não teria do que reclamar.
Afinal, era investido no que era dEle.
(Até parece que alguém “pega”
Deus em alguma coisa!. A propósito, para completar, leia comentário
sobre corbã da Bíblia Shedd - Mateus 15:4-6 -texto paralelo– nota de
rodapé)
Deu para entender? Um negócio feito na base da
hipocrisia. Obedeço, mas de acordo com o meu parecer. O mandamento
transformado para o lucro prórpio e satisfação pessoal.. Afinal, pais
carentes, quem precisa e quer? Só que quando Deus ordena algo, é para
cumprir na íntegra sem mistificação, sem engano. Ou então, é melhor não
fazer. De Deus não se zomba e muito menos se enrola.. Se este princípio
fôsse nos dias atuais, o chão estaria coalhado de defuntos, pela desonra
dos pais e das mães pelos filhos maldizentes.
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